Um grupo de docentes da Escola Portuguesa de Luanda deu início a uma greve por tempo indeterminado, manifestando a sua “indignação crescente” perante a ausência de respostas do Governo português. A principal reivindicação é o pagamento do subsídio de instalação, um apoio previsto na lei que deveria ter sido liquidado em setembro. A paralisação envolve cerca de 40 professores que integram os quadros do sistema público de ensino e foram colocados na escola em Angola através de concurso público. Segundo os grevistas, a falta de pagamento do subsídio de instalação representa um incumprimento por parte do Ministério da Educação, gerando um sentimento de desilusão e injustiça.
Este apoio financeiro é crucial para os docentes que se deslocam para o estrangeiro, ajudando a cobrir as despesas iniciais associadas à sua instalação noutro país. A ausência de uma resposta ou de uma previsão para a regularização da situação levou os professores a avançarem para esta forma de protesto radical, que não tem data prevista para terminar.
A greve evidencia as dificuldades e a precariedade sentidas por alguns funcionários públicos que representam o Estado português no estrangeiro, expondo falhas administrativas na gestão dos recursos humanos expatriados e o impacto direto que estas têm na vida dos profissionais e no funcionamento das instituições.
Em resumoA greve por tempo indeterminado na Escola Portuguesa de Luanda, motivada pelo não pagamento do subsídio de instalação, expõe o descontentamento dos professores com o que consideram ser um incumprimento do Ministério da Educação. O protesto realça as dificuldades enfrentadas pelos docentes portugueses no estrangeiro e aponta para falhas na gestão e apoio a estes profissionais.