Atualmente, o SNS gasta mais de 727 mil euros por dia com estes profissionais, cujo número quase triplicou na última década. Um movimento, que representa mais de mil médicos tarefeiros, organizou-se para contestar o novo diploma governamental, chegando a planear uma "paralisação geral das urgências por um período mínimo de três dias".
Esta ameaça gerou alertas generalizados sobre o potencial "caos" nos hospitais.
Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, advertiu que uma greve teria um "impacto enorme" e poderia levar ao "encerramento de serviços de urgência", especialmente em regiões mais dependentes como o Algarve.
Contudo, o movimento recuou da paralisação imediata, optando por solicitar uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para negociar o diploma. A reação governamental tem sido mista; enquanto o ministro da Presidência apela ao "espírito de serviço", fontes do Ministério da Saúde indicam que a ministra "só negoceia com associações socioprofissionais", e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) critica a "intransigência" da tutela. O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, apelou ao diálogo, mas também levantou "sérias dúvidas" deontológicas sobre o protesto.
A situação é vista por comentadores como um braço de ferro, com acusações de "chantagem" por parte dos médicos e de "grande arrogância" por parte do Governo.














