A estrutura sindical exige que os direitos dos docentes que já se candidataram sejam salvaguardados e recusa qualquer corte no número de vagas inicialmente previsto.

O concurso, lançado com um total de 1800 vagas, viu o seu prazo estendido até 21 de novembro. A polémica surgiu com a decisão do Governo de não aumentar o número total de lugares, mas sim de os redistribuir entre as diferentes disciplinas e grupos de recrutamento. Esta alteração implica retirar vagas de áreas onde "provavelmente nem temos candidatos suficientes" para reforçar outras, como o 1.º ciclo do Ensino Básico.

A Fenprof opõe-se a esta lógica, argumentando que o ajustamento não pode prejudicar os professores que já tinham formalizado a sua candidatura com base nas regras originais. A federação sindical propõe que não se eliminem vagas, mas que se acrescente onde for necessário, de modo a não lesar as expectativas dos candidatos. Este conflito em torno do concurso extraordinário insere-se num contexto mais vasto de descontentamento na classe docente, refletindo as tensões contínuas entre os sindicatos e a tutela sobre as políticas de gestão de recursos humanos na educação.