Em Tires, voltou a protagonizar desacatos, culminando num incêndio que ateou na própria cela, intoxicando cinco pessoas.

A situação gerou um clima de grande tensão, com o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional a exigir medidas para garantir a segurança de reclusas e funcionárias. Perante a inação inicial, o sindicato ameaçou avançar com uma greve, um instrumento de pressão que se revelou eficaz.

O presidente do sindicato, Frederico Morais, afirmou que a reclusa "estava a pôr em causa a segurança do Estabelecimento Prisional de Tires". A pressão sindical levou a que a reclusa fosse transferida para o Estabelecimento Prisional de Monsanto, uma cadeia masculina de alta segurança, uma decisão celebrada pelo sindicato como uma "vitória" e um "alívio enorme". Este caso demonstra como a ação sindical no setor prisional pode influenciar diretamente decisões de gestão operacional, utilizando a ameaça de paralisação para forçar a administração a tomar medidas consideradas urgentes para a segurança.