O desfecho do caso foi considerado uma "vitória" pela estrutura sindical.
A situação envolvendo a reclusa transexual Raquel escalou a um ponto de rutura que obrigou a uma intervenção decisiva da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. Após ser transferida da prisão feminina de Santa Cruz do Bispo por episódios de violência, a reclusa voltou a protagonizar desacatos graves no Estabelecimento Prisional de Tires, onde agrediu guardas e incendiou uma cela.
Estes incidentes levaram o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional a emitir um ultimato, ameaçando avançar com uma greve caso a segurança não fosse reposta.
O sindicato argumentou que a reclusa estava a “pôr em causa a segurança” da prisão, tornando a situação insustentável para guardas e outras reclusas.
A pressão sindical foi determinante para a decisão de transferir Raquel para o Estabelecimento Prisional de Monsanto, uma unidade masculina. O presidente do sindicato, Frederico Morais, classificou a decisão como uma “vitória” e um “alívio enorme”, sublinhando a eficácia da ameaça de paralisação como instrumento para forçar a administração a agir.
O caso levanta questões complexas sobre a gestão de reclusos trans no sistema prisional e demonstra o poder da ação sindical na defesa das condições de trabalho e segurança dos seus representados.














