Esta paralisação, que afeta as unidades de Almeirim e Pombal, destaca a crescente tensão laboral no setor industrial face à inércia negocial.
A principal causa da greve é a ausência de negociação do contrato coletivo de trabalho, que, segundo os artigos, não é revisto há 16 anos, desde 2009. Esta longa estagnação levou os trabalhadores a um sentimento de revolta, culminando numa paralisação com uma adesão expressiva de 70%, o que demonstra um forte descontentamento e união entre os funcionários.
As reivindicações centram-se em três pontos fulcrais: a atualização das categorias profissionais, o aumento do subsídio de alimentação e a subida do subsídio de turno. Estas exigências refletem a perceção de que as suas condições de trabalho e remuneração ficaram desfasadas da realidade económica ao longo de mais de uma década e meia.
A paralisação evidencia um profundo mal-estar nas relações laborais dentro da empresa e serve como um alerta para outras companhias do setor onde a negociação coletiva possa estar igualmente paralisada.
A falta de diálogo social prolongado arrisca-se a gerar mais conflitos, com potencial impacto na produção e na estabilidade das empresas.
O desfecho desta greve dependerá da capacidade da administração da Sumol Compal em responder às preocupações dos seus trabalhadores e retomar um processo negocial que se encontra bloqueado há demasiado tempo.














