O sindicato descreve o estado atual do SNS como um "cenário mesmo muito negro" e critica veementemente a atuação do Governo e da Ministra da Saúde. Segundo a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, a classe médica assiste a uma "estratégia governamental que, nosso entender, ameaça mesmo a sobrevivência do SNS".

Esta perspetiva crítica é o pano de fundo para o congresso, que servirá para debater a situação do setor e delinear uma resposta sindical robusta para os próximos anos. A federação acusa o executivo de Luís Montenegro de conduzir políticas que põem em causa os pilares do serviço público de saúde.

O encontro sindical assume, assim, uma importância estratégica, pois dele sairão as diretrizes que nortearão a contestação dos médicos perante as políticas governamentais.

A insatisfação abrange diversas áreas, desde as condições de trabalho e a valorização das carreiras até ao financiamento e organização do próprio SNS. A definição de novas formas de ação, que podem incluir greves e outras manifestações, dependerá das conclusões e do mandato que sair do congresso, prometendo manter a pressão sobre a tutela da Saúde.