A elevada adesão à greve, que atingiu entre 80% e 90% no primeiro dia, com alguns quartéis a registarem 100%, demonstra o forte descontentamento da classe.

O presidente do SNBP, Sérgio Carvalho, afirmou que a greve “só vai parar” quando o sindicato for recebido pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, indicando que a resolução do conflito depende de uma intervenção política direta.

Um ponto central de tensão é o cumprimento dos serviços mínimos. O sindicato apresentou uma queixa formal, acusando o comando de “utilização indevida de bombeiros de folga” para substituir trabalhadores grevistas durante o exercício de simulacro Fénix 25. Esta alegada substituição de grevistas é vista pelo sindicato como uma violação do direito à greve e um desrespeito pelo acordo estabelecido.

A situação reflete uma profunda quebra de confiança entre os trabalhadores e a sua estrutura de comando, com o sindicato a sentir que as suas preocupações não estão a ser devidamente atendidas.