Trabalhadores do grupo Inditex, detentor de marcas como a Zara, Pull & Bear e Massimo Dutti, organizaram protestos em várias cidades europeias, incluindo Lisboa e Viana do Castelo, durante a "black friday". A principal reivindicação dos trabalhadores é a implementação de uma fórmula que lhes garanta uma participação nos lucros do gigante do vestuário. A ação, coordenada a nível europeu, foi estrategicamente agendada para um dos dias de maior volume de vendas do ano, procurando maximizar a visibilidade da sua causa e a pressão sobre a administração da empresa. Os trabalhadores reivindicam que o seu esforço seja reconhecido de forma concreta, para além de meras palavras de agradecimento. Segundo o Comité de Empresa Europeu, existe um "forte desejo de reconhecimento do esforço" dos funcionários, que deve traduzir-se numa partilha dos resultados financeiros excecionais do grupo.
Este protesto insere-se numa tendência crescente de movimentos laborais em empresas multinacionais altamente lucrativas, onde os trabalhadores exigem uma distribuição mais equitativa da riqueza gerada.
Ao escolherem a "black friday" como palco para a sua manifestação, os trabalhadores não só perturbaram a atividade comercial, mas também apelaram à consciência dos consumidores, ligando diretamente os direitos laborais às práticas de consumo.
A mobilização em Portugal, com concentrações em Lisboa e Viana do Castelo, demonstra a integração dos sindicatos nacionais nesta luta transnacional por melhores condições e reconhecimento no setor do retalho de moda.
Em resumoDurante a "black friday", trabalhadores do grupo Inditex em Portugal e na Europa protestaram para exigir uma participação nos lucros da empresa. A ação coordenada visou chamar a atenção para o reconhecimento do esforço dos funcionários e a partilha da riqueza gerada pelo gigante da moda, utilizando um dia de pico de consumo para amplificar a sua mensagem.