Os números da adesão, segundo os sindicatos, atingiram os 80% em todos os serviços, com particular incidência na região Norte.

O impacto foi visível no encerramento de inúmeras escolas, desde o Porto a Beja, deixando muitos alunos sem aulas. No setor da saúde, o cenário foi de serviços a funcionar "a meio gás" ou "a meia luz", como no centro de saúde de Sete Rios, em Lisboa, e no hospital de Faro, onde se tentou manter uma "normalidade possível" apesar da greve. Milhares de consultas e cirurgias foram canceladas, evidenciando a perturbação causada nos serviços públicos essenciais.

Os motivos da greve, para além da contestação ao pacote laboral, incluíram a exigência da retirada imediata da proposta, a marcação de uma reunião urgente com o Governo e o fim do que a Fesinap considera ser uma "discriminação sindical" por parte do executivo. A paralisação demonstrou a capacidade de mobilização dos trabalhadores da administração pública e o seu profundo descontentamento com as políticas laborais propostas.