Os manifestantes alertam que tal medida resultaria numa significativa perda de camas e comprometeria a qualidade dos cuidados prestados por um serviço que classificam como "de excelência que serve o país, a zona sul e as ilhas". A preocupação é alimentada pela perceção de que, apesar das negações oficiais, a intenção de encerrar a unidade persiste.

A Ministra da Saúde procurou tranquilizar os ânimos, garantindo que não existe qualquer previsão para o encerramento, mas a desconfiança permanece entre os profissionais e a comunidade.

Este protesto insere-se num contexto mais vasto de reorganização dos serviços de saúde em Lisboa, que tem gerado incerteza e contestação. A defesa da unidade de neonatologia do Dona Estefânia simboliza a luta pela manutenção de serviços públicos de saúde especializados e de proximidade, face a políticas de centralização que, segundo os críticos, podem prejudicar o acesso e a qualidade dos cuidados, especialmente para os recém-nascidos em estado crítico. A mobilização demonstra a vigilância da sociedade civil e dos profissionais de saúde perante decisões que possam fragilizar o Serviço Nacional de Saúde.