A manifestação exigiu respostas mais eficazes do Estado e criticou as lacunas na saúde sexual e reprodutiva em Portugal.
A marcha que percorreu as ruas de Lisboa constituiu uma poderosa demonstração de repúdio contra a violência de género, reunindo centenas de participantes de todas as idades. Com cartazes que clamavam pelo "Fim da impunidade para os agressores", os manifestantes sublinharam a urgência de combater um problema social que continua a vitimar mulheres em Portugal. A mobilização ganhou um peso acrescido ao coincidir com a divulgação de dados da PSP, que revelaram o registo de quase 15.000 queixas de violência doméstica e a detenção de mais de 1.100 suspeitos só este ano. Para além da exigência de maior proteção e justiça para as vítimas, a marcha também colocou em evidência as críticas ao estado da saúde sexual e reprodutiva no país, ligando a autonomia corporal das mulheres à sua segurança e bem-estar geral. Este protesto não só homenageou as vítimas, mas também funcionou como um apelo à ação, pressionando as instituições a reforçar as políticas de prevenção, o apoio às vítimas e a educação para a igualdade. A presença de homens e mulheres na manifestação simboliza um reconhecimento crescente de que a violência de género não é um "problema de mulheres", mas uma violação fundamental dos direitos humanos que exige uma resposta coletiva e intransigente de toda a sociedade.












