A paralisação visa contestar o que os sindicatos consideram ser um retrocesso nos direitos dos trabalhadores.
A contestação ao pacote laboral proposto pelo Governo uniu a CGTP e a UGT na convocação de uma greve geral, sinalizando um período de forte tensão social.
A CGTP está a realizar plenários com trabalhadores para explicar os motivos da paralisação, enquanto a UGT confirma a sua adesão, mesmo após uma reunião com o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, descrita como tendo um "espírito dialogante e construtivo". O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, admitiu que a paralisação causará "transtornos para as pessoas", mas sublinhou que uma greve "tem que causar dano" para ser eficaz, defendendo-a como necessária.
A abrangência do descontentamento é visível na adesão de sindicatos de setores variados, que transcendem as áreas tradicionalmente mais reivindicativas.
O Sindicato dos Trabalhadores em Arquitetura (SINTARQ) anunciou a sua participação, justificando que a proposta governamental significa "menos proteção e mais instabilidade para quem trabalha". Da mesma forma, o Sindicato dos Bombeiros Profissionais aprovou por unanimidade a sua adesão à paralisação.
Esta frente laboral alargada, que inclui desde trabalhadores da administração pública a profissionais liberais e forças de socorro, representa um desafio significativo para o Governo, que terá de gerir o impacto da greve enquanto tenta avançar com a sua agenda legislativa.
A mobilização sugere que as alterações propostas são percebidas como uma ameaça transversal aos direitos e à estabilidade laboral em Portugal.












