O entendimento prevê o pagamento integral das horas extraordinárias, uma das principais reivindicações da classe.
A ameaça de adesão dos guardas prisionais à greve geral representava um sério desafio para o Governo, não só pela potencial perturbação no sistema prisional, mas também pelo simbolismo de uma força de segurança se juntar ao protesto. As reivindicações centravam-se na "falta de condições de segurança" nas cadeias, um problema que, segundo os sindicatos, pouco mudou desde a mediática fuga de Vale de Judeus, e na compensação pelo trabalho suplementar.
A negociação bem-sucedida, culminando no compromisso do Ministério da Justiça de pagar a totalidade das horas extra, demonstra uma estratégia governamental para mitigar o impacto da greve geral, resolvendo conflitos setoriais específicos. Este acordo, que será formalizado com a assinatura de um documento no ministério, constitui uma vitória para os guardas prisionais, que viram a sua "posição de força" resultar numa concessão concreta. Por outro lado, evidencia a pressão que a greve geral exerce sobre o executivo, forçando-o a negociar para evitar a paralisação de serviços essenciais e a erosão da sua base de apoio. A decisão de desconvocar a greve ilustra como a negociação coletiva pode ser eficaz na resolução de disputas laborais, mesmo num cenário de contestação generalizada.













