A paralisação, que abrange múltiplos setores da economia nacional, visa contestar alterações à legislação do trabalho que, segundo a perspetiva sindical, apenas irão "somar problemas aos já existentes".
A convocatória reflete um profundo descontentamento e uma crescente tensão entre os parceiros sociais e o executivo.
A greve geral é o culminar de um período de contestação, mobilizando uma vasta gama de trabalhadores de áreas estratégicas, desde a indústria automóvel, com a adesão da Autoeuropa, até ao setor dos transportes, como os pilotos da aviação civil, passando por trabalhadores de empresas de trabalho temporário como a Rhmais e a Randstad.
A união das duas maiores centrais sindicais do país, CGTP e UGT, confere à paralisação um peso político e social significativo, sinalizando uma oposição coesa e organizada às políticas laborais em curso.
O impacto da greve antecipa-se elevado, não só pela diversidade de setores envolvidos, mas também pela adesão de empresas de grande dimensão e importância para a economia portuguesa. A contestação ao "Pacote Laboral" é, assim, o elemento central que une as reivindicações, transformando a greve num referendo popular à direção das políticas de trabalho do Governo e num teste à sua capacidade de diálogo e negociação com os representantes dos trabalhadores.













