As reivindicações da classe não se limitavam a questões salariais, incluindo também a exigência de melhores condições de segurança nas cadeias. O sindicato argumentava que "pouco mudou desde a fuga de Vale de Judeus", evidenciando um mal-estar profundo e persistente.

O acordo focado no pagamento do trabalho suplementar surge como uma solução pragmática para uma das principais fontes de descontentamento financeiro, embora não resolva as questões estruturais de segurança. A assinatura do acordo, agendada no Ministério da Justiça, simboliza um sucesso negocial para o executivo, que conseguiu isolar um foco de contestação e garantir a normalidade funcional do sistema prisional durante um dia de protesto nacional. Esta vitória, no entanto, pode ser temporária, uma vez que as preocupações com a segurança e a falta de meios continuam a ser uma realidade para os profissionais do setor, podendo originar novos conflitos no futuro.