A adesão dos profissionais de saúde foi expressiva, comprometendo a atividade programada dos hospitais em todo o país. Os sindicatos do setor reportaram níveis de adesão muito elevados, com a Federação dos Médicos a falar em valores acima dos 90% e o Sindicato dos Enfermeiros a indicar uma adesão de 80% nos hospitais do Porto. Consequentemente, os blocos cirúrgicos dos maiores hospitais permaneceram fechados e as consultas decorreram a "meio-gás".

Serviços não urgentes, como consultas programadas e cirurgias, foram os mais afetados, com utentes a verem procedimentos, por vezes marcados há um ano, a serem adiados indefinidamente.

Embora os serviços mínimos tenham garantido o funcionamento das urgências, a paralisação da atividade regular criou um efeito de arrastamento.

Gestores hospitalares alertaram que a remarcação dos milhares de atos médicos cancelados poderá demorar meses, aumentando a pressão sobre as já longas listas de espera e comprometendo a resposta do SNS a longo prazo.