A paralisação, a primeira em 12 anos, constituiu um protesto veemente contra o projeto de lei da reforma laboral apresentado pelo Governo. A greve geral de 11 de dezembro, que se estendeu em alguns setores até ao dia seguinte, representou um momento de elevada contestação social, unindo as duas principais centrais sindicais, CGTP e UGT, numa ação conjunta.

O principal catalisador do protesto foi a proposta de alteração à legislação laboral, que os sindicatos consideram prejudicial para os direitos dos trabalhadores.

A dimensão da paralisação foi evidente em todo o território nacional, com a CGTP a descrever a adesão como "massiva".

O impacto fez-se sentir de forma acentuada nos serviços públicos, com hospitais a funcionarem em serviços mínimos, escolas encerradas e transportes fortemente condicionados.

A UGT admitiu a possibilidade de uma nova greve caso o governo não recue nas suas intenções, sinalizando que a contestação poderá continuar.

A paralisação não se limitou ao setor público, afetando também o comércio e a indústria, e até o acesso a plataformas digitais do Estado, como o portal E-Lar, cujas dificuldades de acesso foram parcialmente atribuídas à greve.

A abrangência da greve e a união das centrais sindicais conferiram-lhe um peso político significativo, colocando pressão sobre o executivo para reavaliar as suas políticas laborais e abrir um canal de diálogo mais eficaz com os parceiros sociais.