Sindicatos apontaram para uma adesão superior a 90% nos principais hospitais do país, evidenciando o profundo descontentamento dos profissionais.
A paralisação na saúde teve consequências diretas e imediatas para milhares de utentes.
Os blocos operatórios dos maiores hospitais permaneceram encerrados para intervenções não urgentes e as consultas decorreram a "meio-gás", adiando procedimentos que, em alguns casos, estavam agendados há mais de um ano, como relatado no Hospital de Santa Maria. A Federação dos Médicos falou numa "resposta massiva", com níveis de adesão que, segundo as suas estimativas, ultrapassaram os 90% nas principais unidades de Lisboa, Porto, Gaia e Braga. Esta elevada participação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde comprometeu a atividade assistencial programada, embora os serviços de urgência tenham sido assegurados pelos serviços mínimos. Gestores hospitalares alertaram para os efeitos prolongados da greve, que se estenderiam pelo fim de semana seguinte, uma vez que as altas clínicas ficaram comprometidas, dificultando a gestão de camas. O impacto da greve no SNS não se resume ao dia da paralisação; a remarcação de milhares de atos médicos irá sobrecarregar ainda mais um sistema já sob pressão, com efeitos que poderão durar meses a ser totalmente absorvidos.














