Os serviços mínimos garantiram alguma mobilidade, mas os constrangimentos foram generalizados, afetando milhares de passageiros.

O impacto da greve nos transportes começou a sentir-se ainda na véspera, com a CP a suprimir mais de 330 comboios. No dia da paralisação, a situação agravou-se.

O caso mais paradigmático foi o do Metropolitano de Lisboa, que encerrou totalmente por decisão do Tribunal Arbitral não ter fixado serviços mínimos para a circulação de composições, uma medida justificada com a segurança dos passageiros num meio subterrâneo.

A empresa anunciou que iria contestar esta decisão.

Nos comboios da CP, a maioria das ligações foi suprimida, com a empresa a garantir apenas os serviços mínimos decretados. Nos transportes rodoviários, como os autocarros em Lisboa e no Porto, a situação foi tensa, com registo de intervenção policial para mediar conflitos entre piquetes de greve e motoristas que tentavam assegurar os serviços. Para os utentes, o dia foi de enormes dificuldades, com estações de comboio e metro praticamente vazias ou encerradas, e longas filas nas paragens de autocarro, que se tornaram uma das poucas alternativas para a mobilidade urbana.