A paralisação afetou a rotina de milhões de pessoas, com particular incidência nos transportes, saúde e educação.

A análise dos dados disponíveis indica que a greve geral, embora descrita como uma das maiores dos últimos anos, teve um impacto assimétrico. Um estudo da Ipsos Apeme, citado em vários artigos, revelou que o consumo de eletricidade se manteve ao nível dos dias anteriores, sugerindo que a indústria não parou. No entanto, o mesmo estudo aponta que cerca de dois milhões de pessoas alteraram as suas rotinas diárias.

A perturbação foi mais visível nos serviços públicos, onde a adesão foi expressiva.

Nos transportes, a supressão de comboios e o cancelamento de voos foram generalizados, enquanto na saúde e na educação, muitos estabelecimentos operaram apenas com serviços mínimos ou encerraram por completo. A UGT já admitiu a possibilidade de uma nova greve caso o Governo não recue na proposta de alteração ao Código do Trabalho, o que demonstra que a contestação social poderá continuar. A manifestação no Porto, que reuniu centenas de pessoas, evidenciou a forte mobilização de profissionais de setores chave, reforçando a mensagem de descontentamento enviada ao executivo.