Administradores hospitalares alertam que a recuperação do SNS poderá levar meses, agravando as já longas listas de espera.
O impacto da paralisação no acesso aos cuidados de saúde foi profundo e duradouro.
Os blocos cirúrgicos dos maiores hospitais do país permaneceram encerrados e as consultas externas funcionaram a meio-gás.
Utentes com consultas marcadas há mais de um ano, como no Hospital de Santa Maria, viram os seus agendamentos cancelados sem nova data prevista. Os gestores hospitalares expressaram preocupação não só com a remarcação dos atos adiados, mas também com os efeitos em cascata, como o comprometimento das altas clínicas, o que dificultou a gestão de camas durante o fim de semana seguinte.
A perceção geral é que o sistema, já sob forte pressão, levará um tempo considerável a absorver o impacto de um dia de paralisação quase total.
Esta situação evidencia a fragilidade do SNS e como uma ação de protesto, embora legítima, acaba por penalizar diretamente os utentes que dependem do serviço público para os seus cuidados de saúde.














