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Mundo July 23, 2025

Lei anticorrupção na Ucrânia gera crise interna e ameaça adesão à UE

Uma nova lei aprovada na Ucrânia, que subordina as principais agências anticorrupção do país (NABU e SAPO) à autoridade do Procurador-Geral, gerou uma vaga de contestação interna e forte apreensão entre os parceiros ocidentais. A medida, promulgada pelo Presidente Volodymyr Zelensky, é vista como um grave retrocesso democrático que poderá comprometer o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia.

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A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contactou diretamente Zelensky para expressar as suas “fortes preocupações”, enquanto a Comissária para o Alargamento, Marta Kos, classificou a lei como um “sério retrocesso”. Um porta-voz da Comissão reforçou a posição de Bruxelas, afirmando que “a defesa do Estado de Direito e a luta contra a corrupção são elementos fundamentais para a União Europeia. Como país candidato, a Ucrânia deve cumprir integralmente esses padrões. Não pode haver compromissos”. A Alemanha também alertou que a limitação da independência destas agências impede o progresso de Kiev na sua aproximação à UE. Em resposta, Zelensky defendeu a legislação como necessária para “eliminar a influência russa” dentro das agências, na sequência da detenção de funcionários por alegada colaboração com Moscovo. A decisão desencadeou os maiores protestos na Ucrânia desde o início da invasão russa, com milhares de manifestantes em Kiev e outras cidades a acusarem o governo de autoritarismo. O Kremlin comentou o caso com ironia, afirmando que “a corrupção é um tema candente para Kiev”.

ai briefingEm resumo
A controversa lei anticorrupção fragiliza a independência de instituições cruciais, gerando tensões entre Kiev e Bruxelas e protestos internos sem precedentes desde o início da guerra, o que pode colocar em risco o futuro europeu da Ucrânia.

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