A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contactou diretamente Zelensky para expressar as suas “fortes preocupações”, enquanto a Comissária para o Alargamento, Marta Kos, classificou a lei como um “sério retrocesso”. Um porta-voz da Comissão reforçou a posição de Bruxelas, afirmando que “a defesa do Estado de Direito e a luta contra a corrupção são elementos fundamentais para a União Europeia. Como país candidato, a Ucrânia deve cumprir integralmente esses padrões. Não pode haver compromissos”. A Alemanha também alertou que a limitação da independência destas agências impede o progresso de Kiev na sua aproximação à UE. Em resposta, Zelensky defendeu a legislação como necessária para “eliminar a influência russa” dentro das agências, na sequência da detenção de funcionários por alegada colaboração com Moscovo. A decisão desencadeou os maiores protestos na Ucrânia desde o início da invasão russa, com milhares de manifestantes em Kiev e outras cidades a acusarem o governo de autoritarismo. O Kremlin comentou o caso com ironia, afirmando que “a corrupção é um tema candente para Kiev”.
