O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, sublinhou que as propostas de paz de ambos os lados são “diametralmente opostas”, o que torna um acordo improvável. A Rússia mantém as suas exigências maximalistas, que incluem o reconhecimento dos territórios anexados e a neutralidade da Ucrânia. Por sua vez, Kiev, cuja delegação é liderada por Rustem Umerov, insiste num cessar-fogo incondicional de 30 dias como pré-condição para negociar um acordo político. As duas rondas anteriores, em maio e junho, resultaram apenas em acordos para a troca de prisioneiros de guerra e de corpos de combatentes, um resultado que Peskov considerou “frutífero” dadas as circunstâncias. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que anunciou a nova ronda, defende a necessidade de “intensificar a dinâmica das negociações” e de realizar um encontro ao mais alto nível com Vladimir Putin, uma possibilidade que Moscovo continua a descartar no curto prazo, afirmando que “ainda há muito trabalho a fazer”.
