A reunião antecipa as conversações em Istambul, onde os países europeus ameaçam acionar o mecanismo de “snapback”, que permite a reimposição automática de sanções da ONU contra o Irão caso este não cumpra os seus compromissos no âmbito do acordo nuclear de 2015 (JCPOA). Teerão, com o apoio de Moscovo e Pequim, argumenta que os europeus não têm legitimidade para tal, acusando-os de terem sido os primeiros a falhar nos seus próprios compromissos após a retirada dos EUA do acordo em 2018. A aliança entre o Irão e a Rússia foi reforçada pela cooperação militar na Ucrânia, nomeadamente através do fornecimento de drones Shahed às forças russas. Esta parceria estende-se agora ao campo diplomático, onde os três países procuram apresentar uma frente unida para mitigar as consequências de eventuais sanções e desafiar a ordem liderada pelo Ocidente.
