Uma análise do Instituto da Escola de Economia de Kiev (KSE) indica que os antigos arsenais da era soviética da Rússia estão praticamente esgotados, obrigando o Kremlin a depender de forma crítica de parceiros externos. A Coreia do Norte tornou-se um fornecedor central, sendo responsável por mais de metade dos explosivos recebidos pelas forças russas em 2024. Estima-se que Pyongyang tenha enviado cerca de 250 mil toneladas de material explosivo, com o chefe da inteligência militar ucraniana a avaliar que cerca de 40% da munição usada pela Rússia tem origem norte-coreana. O Irão também desempenha um papel ativo, com cerca de 13 mil toneladas de explosivos a entrarem na Rússia através de rotas próximas do Mar Cáspio. Embora a China negue o fornecimento de armamento letal, os dados mostram que duplicou os envios de maquinaria e componentes industriais para zonas militares russas. Esta dependência logística contrasta fortemente com a imagem de autossuficiência que Moscovo tenta projetar, demonstrando que a sua capacidade de sustentar uma guerra de alta intensidade está intrinsecamente ligada ao apoio de regimes autoritários asiáticos.
