O Kremlin reagiu advertindo contra a retórica bélica, afirmando que "numa guerra nuclear não há vencedores".
A escalada verbal teve início quando Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, descreveu o ultimato de Trump para um cessar-fogo na Ucrânia como "uma ameaça e um passo para a guerra" com os Estados Unidos, advertindo que a Rússia "não era Israel, nem tão pouco o Irão". Em resposta, Trump anunciou na sua rede social, Truth Social, que ordenou o posicionamento dos submarinos para o caso de as "declarações idiotas e inflamatórias" de Medvedev serem mais do que meras palavras.
"As palavras são importantes e podem muitas vezes ter consequências inesperadas", afirmou Trump.
O Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, apelou à contenção, declarando: "Pensamos que toda a gente deve ter muito cuidado com o que diz sobre a questão nuclear". A troca de ameaças trouxe à tona o debate sobre sistemas de retaliação automática como o "Mão Morta", uma doutrina da era soviética que garantiria uma resposta nuclear massiva mesmo que a liderança russa fosse neutralizada. O antigo conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, considerou a decisão de Trump "muito arriscada" e "imprudente", sugerindo que o presidente não compreende o funcionamento da dissuasão nuclear.