A potencial reunião sinaliza uma mudança na postura de Moscovo, embora persista o ceticismo quanto a um avanço concreto para a paz.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que "o presidente Putin não descarta que esse encontro seja possível depois da preparação ao nível de peritos", sublinhando, no entanto, que o "trabalho preparatório para uma reunião como esta ainda não foi realizado". Esta abertura contrasta com a recusa anterior de Moscovo em considerar qualquer encontro de alto nível sem garantias prévias que validassem os seus "objetivos alcançados" na Ucrânia. A mudança de tom surge no contexto do ultimato imposto pelo Presidente Trump, que expira a 8 de agosto. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também reiterou o seu desejo de um encontro direto, afirmando que "a Ucrânia está pronta em qualquer altura para uma reunião a nível de líderes".
Apesar desta aparente abertura, os obstáculos mantêm-se significativos.
Moscovo continua a exigir o fim do envio de armamento ocidental para Kiev, a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO e a retirada das suas forças das quatro províncias que a Rússia anexou ilegalmente. A Turquia, que já mediou encontros anteriores, continua a desempenhar um papel ativo na promoção do diálogo, tendo o seu chefe da diplomacia, Hakan Fidan, afirmado ter recebido sinais positivos de Moscovo.