Este desenvolvimento ocorre pouco depois da anulação de uma controversa reforma que limitava a independência das agências anticorrupção, sublinhando a pressão interna e externa para a transparência. O Gabinete Nacional Anticorrupção (NABU) e a Procuradoria Especializada Anticorrupção (SAP) desmantelaram um esquema que envolvia a compra sobrevalorizada de equipamento de guerra, como drones e sistemas de defesa aérea, com verbas públicas.
Entre os suspeitos encontram-se um deputado do partido presidencial Servo do Povo, Oleksi Kuznetsov, responsáveis regionais e elementos da Guarda Nacional Ucraniana.
Quatro pessoas foram detidas.
Na sequência da operação, Zelensky demitiu Sergey Haidai, chefe da Administração Estatal de Mukachevo, e Andry Yurchenko, chefe da Administração Militar de Rubizhne.
O Presidente elogiou a independência das instituições, afirmando que estas devem operar de forma independente e que a nova legislação lhes garante "todas as ferramentas necessárias para combater verdadeiramente a corrupção". Esta declaração gerou críticas, nomeadamente da ativista Martina Boguslavets, que acusou Zelensky de cinismo, lembrando que o presidente tentara recentemente subordinar estas agências ao procurador-geral, uma medida revertida após protestos e críticas de parceiros europeus que alertaram para os riscos de comprometer os critérios de adesão à União Europeia.