Acordo comercial EUA-UE entra em vigor com foco na substituição do gás russo
Entraram em vigor as novas tarifas comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, resultado de um acordo que visa, entre outros objetivos, reduzir a dependência europeia da energia russa. A Comissão Europeia manifestou a expectativa de que Washington cumpra rapidamente todos os compromissos assumidos.<br /><br />O pacto político, alcançado a 27 de julho, estabelece uma tarifa geral de 15% sobre as importações da UE, que abrangerá setores como produtos farmacêuticos, automóveis e semicondutores. O porta-voz do executivo comunitário para o comércio, Olof Gil, afirmou: "Os Estados Unidos comprometeram-se com a UE que a tarifa geral de 15% incluirá as exportações da UE de produtos farmacêuticos, automóveis e semicondutores, e esperamos que cumpram esse compromisso o mais rapidamente possível". Em contrapartida, a UE suspendeu as medidas de retaliação que previa contra os EUA.
Uma componente crucial do acordo é o compromisso da UE em comprar energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares, visando especificamente substituir o gás russo, uma medida com claras implicações geopolíticas no contexto da guerra na Ucrânia. O acordo prevê ainda um investimento adicional de 600 mil milhões de dólares na economia norte-americana e um aumento nas aquisições de material militar. No entanto, o presidente Donald Trump já ameaçou impor tarifas de 35% caso a promessa de investimento não seja cumprida, mantendo a pressão sobre os parceiros europeus.
Em resumoO novo acordo comercial entre EUA e UE entrou em vigor, estabelecendo uma tarifa de 15% e incluindo um compromisso europeu de comprar energia norte-americana para substituir o gás russo. Apesar de a UE ter suspendido as suas contramedidas, a administração Trump mantém a ameaça de tarifas mais altas se os investimentos prometidos não se concretizarem.
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