Numa declaração contundente, a Rússia acusou a União Europeia de sabotar ativamente as tentativas de resolução da crise ucraniana entre Moscovo e Washington.

Alexei Fadeyev, vice-diretor de informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, afirmou que Moscovo considera as consultas solicitadas pelos europeus como “uma ação política e praticamente insignificantes”.

Esta retórica visa minar a relevância da UE no processo negocial, enquadrando o conflito como uma questão a ser resolvida exclusivamente entre as duas superpotências.

Fadeyev foi mais longe, acusando a UE de hipocrisia: “Verbalmente, os europeus apoiam os esforços diplomáticos de Washington e Moscovo para resolver a crise ucraniana, mas na realidade a União Europeia está a sabotá-los”. Esta postura reflete a estratégia russa de explorar quaisquer divisões no seio do bloco ocidental e de promover uma narrativa em que a Europa é um ator obstrutivo, em vez de um parceiro construtivo para a paz.

Ao mesmo tempo, a Rússia reafirmou a sua intransigência em relação a concessões territoriais, declarando que “a estrutura territorial da Federação Russa está consagrada na Constituição”, sinalizando que as regiões ucranianas anexadas não são negociáveis.