O líder ucraniano sublinhou que a Rússia não dá sinais de querer a paz e, simultaneamente, surgiram relatos de que Kiev poderia aceitar a perda de territórios já ocupados sob condições estritas. Numa mensagem divulgada nas redes sociais, Zelensky afirmou: “Precisamos de pressionar a Rússia para obter uma paz justa”.

O presidente ucraniano alertou que “não há sinais de que os russos estejam a preparar-se para acabar com a guerra”, reforçando a desconfiança de Kiev em relação às intenções de Putin. Paralelamente, o jornal britânico The Telegraph, citado em vários artigos, noticiou que Zelensky terá comunicado a líderes europeus que a Ucrânia poderia aceitar a perda dos territórios atualmente sob controlo russo — Crimeia, Lugansk e partes de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson — como parte de um acordo de paz. No entanto, esta concessão estaria condicionada a garantias de segurança robustas, incluindo a manutenção de uma “porta aberta” para a adesão à NATO e o contínuo fornecimento de armamento ocidental. Esta posição reflete um pragmatismo doloroso, reconhecendo a dificuldade de recuperar militarmente todos os territórios, ao mesmo tempo que traça uma linha vermelha contra qualquer cedência adicional.