A conversa reforçou a crescente cooperação militar entre os dois países, com Moscovo a elogiar publicamente a participação de tropas norte-coreanas em combates na Ucrânia.

O contacto telefónico, noticiado tanto pelo Kremlin como pela agência estatal norte-coreana KCNA, serviu para Putin atualizar Kim Jong-un sobre as negociações iminentes com os EUA.

Em troca, Kim reafirmou que a Coreia do Norte “permanecerá sempre fiel ao espírito do tratado com a Rússia e apoiará totalmente todas as medidas a tomar pela liderança russa no futuro”.

De forma particularmente notável, a presidência russa destacou a “bravura, o heroísmo e o espírito de sacrifício demonstrados” pelas tropas norte-coreanas na libertação da província russa de Kursk, que esteve parcialmente ocupada pela Ucrânia.

Este reconhecimento oficial da presença militar norte-coreana no conflito solidifica uma aliança que tem vindo a aprofundar-se.

Pyongyang tem fornecido a Moscovo grandes quantidades de munições, mísseis balísticos e milhares de soldados, recebendo em troca apoio alimentar, energia e tecnologia militar avançada, o que potencia os seus próprios programas de armamento.