Embora ambos os líderes tenham descrito o encontro de quase três horas como "extremamente produtivo" e construtivo, não foram anunciadas medidas imediatas para um cessar-fogo, que era o objetivo inicial da administração norte-americana. A principal mudança de retórica veio de Donald Trump, que após a reunião declarou que a melhor abordagem seria avançar "diretamente para um acordo de paz" em vez de "um mero acordo de cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta". Esta alteração de estratégia sugere o reconhecimento da complexidade do conflito, que não se resolveria apenas com a suspensão das hostilidades.

A cimeira foi amplamente vista como um passo para abrir canais de diálogo, mas deixou as decisões substantivas para futuras negociações. A ausência do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi um ponto de grande crítica, com a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) a lamentar a falta de "resultados significativos" e a sublinhar que "todos os principais intervenientes -- em particular a Ucrânia, bem como a Europa -- devem estar envolvidos". Da parte russa, Putin apelou a Kiev e aos seus aliados europeus para que aceitassem as conclusões do encontro "com um espírito construtivo" e se abstivessem de "provocações ou intrigas de bastidores". A frase de Trump, "não há acordo até que haja um acordo", resumiu o caráter inconclusivo da cimeira, que transferiu a responsabilidade para uma futura reunião que deverá incluir a Ucrânia.