Macron apelou aos europeus para que “não sejam ingénuos”, argumentando que a Rússia continuará a ser “duradouramente uma potência desestabilizadora”.
Ele recordou o historial de Putin, afirmando que “desde 2007-2008 [a intervenção russa na Geórgia], o Presidente Putin raramente cumpriu os compromissos” e tem procurado constantemente “rever as fronteiras para expandir o poder”. O líder francês expressou dúvidas sobre a sinceridade de um país que mobilizou mais de 1,3 milhões de efetivos e investe 40% do seu orçamento em defesa, sugerindo que Putin “precisa de continuar a alimentar-se” para a sua própria sobrevivência política.
“Não estou a dizer que amanhã a França será atacada, mas é uma ameaça para os europeus”, acrescentou Macron, contrastando com o otimismo manifestado por Donald Trump. Numa entrevista à NBC News, Macron foi ainda mais explícito: “Quando olho para a situação e os factos, não vejo o Presidente Putin a desejar a paz agora, mas talvez eu seja muito pessimista”.
Estas declarações sublinham a desconfiança de um dos principais líderes europeus e a sua convicção de que qualquer paz deve ser construída a partir de uma posição de força e vigilância.














