A garantia foi dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, e visa facilitar a presença do líder russo nas negociações, contornando o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Esta oferta baseia-se em regras definidas pelo governo federal suíço no ano passado, que permitem a concessão de imunidade a indivíduos sob mandado de detenção internacional se a sua deslocação ao país ocorrer no âmbito de uma conferência de paz.
Cassis especificou que a medida “não se aplica a deslocações por motivos pessoais”.
O mandado do TPI contra Putin, emitido em 2023, acusa-o pelo “rapto de crianças ucranianas” de territórios ocupados. A oferta suíça surge num momento em que se discute a realização de um encontro bilateral entre Putin e Zelensky em solo europeu neutro, sendo a Suíça uma das localizações sugeridas.
A medida é controversa, pois colide com as obrigações internacionais de Berna como signatária do Estatuto de Roma, que rege o TPI. No entanto, reflete um esforço pragmático para remover barreiras logísticas e legais que poderiam impedir a participação de uma figura central no processo de paz, posicionando a Suíça como um mediador credível e um potencial anfitrião para negociações cruciais.














