Estes ataques, realizados simbolicamente durante as celebrações do Dia da Independência da Ucrânia, demonstram a crescente capacidade de Kiev para atingir alvos a longa distância e perturbar a logística russa. Durante a última semana, as forças ucranianas reivindicaram a autoria de vários ataques significativos. Entre os alvos confirmados estão o terminal da empresa de gás russa NOVATEK no porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia, a cerca de 900 quilómetros da fronteira ucraniana, onde a queda de destroços de drones provocou um incêndio. Outro alvo foi uma instalação nuclear na região de Kursk, onde um transformador foi danificado.

Além disso, as forças ucranianas atacaram o oleoduto Druzhba, que abastece a Hungria e a Eslováquia, levando a uma interrupção temporária do fornecimento e a protestos por parte de Budapeste.

O Ministério da Defesa russo anunciou ter intercetado 21 drones ucranianos numa única noite, incluindo dois que se dirigiam para a capital, Moscovo.

Perante a especulação sobre a origem do armamento utilizado, o Presidente Zelensky afirmou que a Ucrânia utiliza as suas "armas de longo alcance de produção nacional" para estes ataques, numa aparente resposta a relatos de que Washington teria vetado o uso de armas norte-americanas em território russo. Esta campanha de ataques a longa distância visa não só causar danos económicos e logísticos, mas também levar a guerra para o território do agressor, desafiando a narrativa do Kremlin de que o conflito está distante dos cidadãos russos.