A ofensiva, que envolveu centenas de drones e mísseis, danificou infraestruturas civis e diplomáticas, intensificando a crise humanitária.

Este bombardeamento em larga escala, descrito como um dos mais mortíferos desde julho, foi perpetrado com recurso a 629 drones e mísseis, incluindo mísseis hipersónicos Kinzhal.

O balanço de vítimas mortais foi revisto em alta ao longo do dia, passando de 12 para pelo menos 18 pessoas, incluindo quatro crianças, com dezenas de feridos e um número indeterminado de desaparecidos sob os escombros. A destruição material foi vasta, afetando cerca de uma centena de edifícios, entre os quais se contam residências, um centro comercial, as instalações do British Council e, de forma significativa, o edifício da delegação da União Europeia na Ucrânia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque como um “assassinato horrível e deliberado de civis”, acusando Moscovo de preferir “continuar a matar” em vez de negociar a paz. A ofensiva ocorreu num momento de intensificação dos esforços diplomáticos liderados pelos Estados Unidos, o que levou a embaixadora da UE na Ucrânia, Katarina Mathernova, a descrever o ataque como “a verdadeira resposta de Moscovo aos esforços de paz”.

Por seu lado, o Kremlin, através do porta-voz Dmitri Peskov, negou ter visado alvos civis, assegurando que “as forças armadas russas estão a cumprir a missão.

Continuam a atacar alvos militares e paramilitares”.

Esta alegação contrasta fortemente com as evidências de destruição em zonas residenciais e diplomáticas, sugerindo uma estratégia russa de escalada militar para minar as negociações e aterrorizar a população civil.