Budapeste alega que a decisão viola o princípio da igualdade entre Estados-membros, por ter sido excluída da votação.

De acordo com o governo de Viktor Orbán, o Conselho Europeu, presidido por António Costa, violou “os princípios fundamentais de tomada de decisões legítimas, estabelecidos no Tratado da União Europeia”. Esta ação judicial representa um desafio direto a um dos principais mecanismos de financiamento da UE para a defesa ucraniana. Paralelamente, a Hungria demonstrou o seu descontentamento com as ações militares de Kyiv ao proibir a entrada no Espaço Schengen de um comandante militar ucraniano.

A medida foi uma retaliação por um ataque aéreo ucraniano ao oleoduto Druzhba, que Budapeste considera uma infraestrutura estratégica para a sua segurança energética.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, justificou a decisão afirmando que o ataque foi “contra a soberania da Hungria”. Estas ações sublinham a posição dissonante da Hungria dentro da UE, bloqueando iniciativas de apoio à Ucrânia e mantendo laços estreitos com Moscovo, o que gera tensões significativas no seio do bloco.