A capital ucraniana, Kiev, foi alvo de um dos maiores ataques aéreos russos desde o início da guerra, com centenas de mísseis e drones a atingirem zonas residenciais e infraestruturas civis. A ofensiva, que ocorreu em plena intensificação dos esforços diplomáticos, foi veementemente condenada pela comunidade internacional como um ato que mina qualquer perspetiva de paz. Durante a madrugada de quinta-feira, a Rússia lançou uma ofensiva em larga escala que, segundo a Força Aérea ucraniana, envolveu cerca de 598 drones e 31 mísseis de vários tipos. O ataque resultou num número significativo de vítimas civis, com os balanços a indicarem pelo menos 25 mortos, incluindo quatro crianças, e dezenas de feridos. A destruição foi vasta, danificando cerca de uma centena de edifícios, entre os quais blocos de apartamentos, um centro comercial e, de forma notória, as instalações da delegação da União Europeia e do British Council. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu o ataque como um "assassinato horrível e deliberado de civis", afirmando que a Rússia "opta por continuar a matar em vez de acabar com a guerra".
Em contrapartida, o Ministério da Defesa russo alegou que o ataque visou exclusivamente "empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas na Ucrânia" e que "todos os alvos designados foram atingidos". O momento do ataque é particularmente significativo, ocorrendo numa altura em que se intensificavam os esforços diplomáticos liderados pelos Estados Unidos para mediar negociações de paz.
Líderes europeus interpretaram a ofensiva como uma demonstração clara de que Moscovo não está interessado no diálogo, com a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, a afirmar que a Rússia responde com mísseis enquanto o mundo procura a paz.
Em resumoO ataque a Kiev marca uma escalada significativa, causando um elevado número de vítimas civis e danificando missões diplomáticas. Foi interpretado pelos líderes ocidentais como uma clara rejeição das recentes iniciativas de paz por parte da Rússia, levando a apelos por sanções mais fortes e maior apoio militar à Ucrânia.