Líderes europeus condenaram unanimemente a ofensiva, interpretando-a como uma prova de que a Rússia não deseja a paz.

A reação europeia foi imediata e dura.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou-se "indignada" e prometeu avançar com o "19.º pacote de severas sanções" para "manter a pressão máxima sobre a Rússia". A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, foi ainda mais contundente, acusando o Presidente russo de estar "a gozar com todos os esforços de paz" e insistindo que "a pressão é a única solução". Como medida diplomática concreta, a UE convocou o enviado russo em Bruxelas para exigir explicações sobre o ataque, um gesto que sublinha a gravidade com que o incidente foi encarado. A condenação foi partilhada por outros líderes, como o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, que se manifestou "horrorizado" e garantiu que a UE "não se deixará intimidar".

No entanto, a unidade europeia revelou fissuras, com a Hungria a ser o único dos 27 Estados-membros a não subscrever uma declaração conjunta de condenação, mantendo a sua posição de relutância em relação a medidas mais duras contra Moscovo.

A discussão sobre o reforço do apoio à Ucrânia e as novas sanções dominou a reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Copenhaga, onde o ministro português, Paulo Rangel, notou uma "grande vontade da maioria dos países em reforçar as sanções".