Estas ações militares estão a gerar tensões diplomáticas significativas com Budapeste, que depende fortemente do petróleo russo.

As forças ucranianas anunciaram ter atingido o oleoduto Druzhba perto da cidade de Naytopovichi, na região russa de Bryansk, descrevendo-o como "outra importante instalação inimiga que fornece produtos petrolíferos ao Exército russo".

Os ataques frequentes a esta infraestrutura — o quarto em poucas semanas — levaram a uma forte reação da Hungria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, considerou o ataque "uma agressão contra a soberania da Hungria" e anunciou a proibição da entrada no país e no espaço Schengen ao comandante ucraniano responsável pela operação.

Szijjártó sublinhou que os ataques "não prejudicam principalmente a Rússia", mas sim a Hungria e a Eslováquia, que também depende do oleoduto.

A Rússia anunciou a retoma do envio de crude para a Hungria através de uma "solução temporária". Além do oleoduto, a Ucrânia realizou ataques com drones contra outras infraestruturas energéticas, incluindo um terminal de gás da Novatek no porto de Ust-Luga e uma instalação nuclear em Kursk, onde um incêndio foi rapidamente extinto.

Estas operações fazem parte da estratégia de Kiev para minar a capacidade económica e logística da Rússia para sustentar a guerra.