O impasse revela a profunda desconfiança entre os dois líderes e os obstáculos a negociações diretas, apesar dos esforços de mediação do Presidente norte-americano, Donald Trump.

A proposta de Putin foi feita a partir de Pequim, onde confirmou que Trump lhe havia pedido para se encontrar com o líder ucraniano.

“Se Zelensky estiver pronto, que venha a Moscovo e esse encontro terá lugar”, afirmou Putin, questionando, no entanto, se a reunião faria “algum sentido”.

A resposta de Zelensky foi inequívoca e veiculada através de uma entrevista à ABC News: “Não posso ir a Moscovo enquanto o meu país está a ser atacado com mísseis todos os dias. Não posso ir à capital deste terrorista”.

O presidente ucraniano contrapropôs que o encontro se realizasse em Kiev, afirmando que Putin “pode ir a Kyiv” se quiser realmente negociar o fim da guerra. Para Zelensky, a oferta de Putin visa apenas “adiar” uma eventual reunião, argumentando que “se alguém não quiser reunir-se, pode propor algo que não seja aceitável”. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andri Sibiga, revelou que sete outros países, incluindo a Áustria, o Vaticano, a Suíça e a Turquia, já se ofereceram para acolher o encontro, demonstrando que existem alternativas neutras viáveis.