Esta avaliação serve para justificar a necessidade urgente de os países da Aliança Atlântica aumentarem o investimento em defesa e reforçarem a sua postura de dissuasão. Numa conferência de imprensa no Luxemburgo, Rutte afirmou que, com a tecnologia atual, a diferença de tempo de voo de um míssil russo entre atingir a Lituânia e capitais como Madrid é de apenas “cinco a dez minutos”.
“Estamos todos sob ameaça direta dos russos; estamos todos no flanco leste.
Agora, quer se viva em Londres ou em Tallinn, já não faz diferença”, declarou, instando os aliados a não serem “ingénuos” quanto à crescente ameaça russa.
Este aviso enquadra-se no esforço da NATO para que os seus membros aumentem os gastos com defesa para 5% do PIB (combinando despesas militares e de segurança) até 2035. Rutte também abordou a questão do envio de tropas europeias para a Ucrânia, afirmando que essa é uma decisão que cabe aos países europeus e não à Rússia. “Porque é que estamos interessados no que a Rússia pensa sobre as tropas na Ucrânia?
(...) Não são os russos a decidir”, disse, numa clara rejeição às ameaças do Kremlin.
O seu discurso visa consolidar a unidade da Aliança e preparar as opiniões públicas para um esforço de defesa sustentado a longo prazo, face a uma Rússia que a NATO considera uma ameaça duradoura.













