Segundo Orbán, as discussões europeias sobre garantias de segurança já reconhecem implicitamente a existência de uma “zona russa”, e o debate atual cinge-se apenas ao seu tamanho. Ele perspetiva um futuro em que a Ucrânia será dividida em três partes: “uma zona russa, uma zona desmilitarizada e uma zona ocidental”.
“O destino da Ucrânia parece estar selado”, afirmou, acrescentando que as garantias de segurança “na verdade, significam a divisão da Ucrânia”. O líder húngaro reiterou a sua oposição de longa data a uma eventual adesão da Ucrânia à UE e à NATO, argumentando que tal passo provocaria uma guerra direta com a Rússia e destruiria a economia europeia.
Em vez disso, defende um acordo estratégico com Moscovo que implicaria o abandono por parte de Kiev das suas aspirações euro-atlânticas.
Esta perspetiva contrasta fortemente com a do Presidente Zelensky, que insiste que as fronteiras da Ucrânia, consagradas na sua Constituição, são inegociáveis.
As declarações de Orbán expõem as profundas fissuras dentro da aliança ocidental sobre a estratégia a seguir e o desfecho aceitável para o conflito.












