Nações como a Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia estão a acelerar planos para a construção de muros, valas antitanque, campos minados e mais de mil bunkers ao longo das suas fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia. A Finlândia, por exemplo, planeia um muro que cobrirá cerca de 15% da sua fronteira de 1.342 quilómetros. Para além das barreiras físicas, está em curso um projeto tecnológico ambicioso: um "muro de drones" de 3.077 quilómetros. Lituânia, Letónia, Estónia, Polónia, Finlândia e Noruega estão a colaborar na criação de uma rede de sensores, radares e ferramentas de guerra eletrónica para detetar e neutralizar drones russos. A Polónia também justificou o reforço da sua fronteira com a necessidade de conter a “crescente pressão migratória da Bielorrússia”, que Varsóvia considera uma forma de guerra híbrida orquestrada por Minsk e Moscovo. Esta construção de defesas em profundidade reflete a perceção de que a ameaça russa é duradoura e não se limita ao conflito na Ucrânia. A Europa está a adaptar-se a uma nova realidade de confronto, investindo em segurança física e tecnológica para garantir a sua fronteira oriental.