Este incidente testou a coesão e a capacidade de resposta da Aliança Atlântica, elevando a tensão na sua fronteira oriental a um novo patamar. Na noite de 9 para 10 de setembro, as autoridades polacas reportaram a violação do seu espaço aéreo por pelo menos 19 drones russos, descrevendo o ato como uma “provocação de grande escala” e “um ato de agressão”.

Em resposta, o primeiro-ministro Donald Tusk invocou o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre os Estados-membros perante uma ameaça à segurança.

A ação foi condenada unanimemente pelos líderes europeus.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou-a como uma “imprudente violação sem precedentes”, enquanto o Presidente francês, Emmanuel Macron, a considerou “simplesmente inaceitável”.

A resposta militar foi imediata, com caças polacos e da NATO, incluindo F-35 neerlandeses, a serem mobilizados para abater vários dos drones.

Em demonstração de solidariedade, a França anunciou o envio de três caças Rafale e a Alemanha duplicou o seu contingente de Eurofighters para reforçar a vigilância aérea sobre a Polónia.

A frente diplomática também foi ativada, com mais de 20 países da UE, incluindo Portugal, a convocar os embaixadores russos para um protesto formal. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, descreveu a medida como “um protesto formal e de significado sancionatório”.

A Rússia negou qualquer intenção de visar o território polaco, mas as suas justificações foram recebidas com ceticismo pelos líderes ocidentais, que consideraram a incursão deliberada.