A União Europeia e o Reino Unido preparam-se para intensificar a pressão económica sobre a Rússia com novos pacotes de sanções. As medidas visam asfixiar as fontes de financiamento da máquina de guerra do Kremlin, com particular enfoque no setor energético, nas instituições financeiras e nas cadeias de fornecimento de tecnologia militar. A alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, anunciou que o bloco está a finalizar o 19.º pacote de sanções, que terá como alvo o petróleo russo, instituições bancárias e a chamada “frota sombra” de embarcações que transportam crude à margem das restrições internacionais. “Vamos continuar a asfixiar o dinheiro que [o Presidente russo, Vladimir] Putin utiliza na guerra”, afirmou Kallas.
Simultaneamente, o Reino Unido revelou um novo conjunto de sanções robustas.
A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Yvette Cooper, durante uma visita a Kyiv, detalhou que as medidas visam 70 navios pertencentes à “frota fantasma” e outras 30 entidades que fornecem material eletrónico para o fabrico de armas russas.
Entre as empresas sancionadas encontram-se entidades chinesas, como a Shenzhen Blue Hat International Trade Co., e turcas, como a Mastel Makina Ithalat Ihracat Limited Sirketi, demonstrando um esforço para combater a evasão de sanções através de países terceiros.
Estas ações económicas ocorrem em paralelo com o contínuo apoio financeiro e militar à Ucrânia e refletem uma coordenação crescente entre os aliados ocidentais, incluindo os Estados Unidos, para enfraquecer a capacidade da Rússia de sustentar o conflito.
Em resumoOs novos pacotes de sanções da UE e do Reino Unido demonstram uma estratégia contínua para minar a economia de guerra da Rússia, focando-se em áreas críticas como as receitas do petróleo e o acesso a componentes tecnológicos, e visando redes de evasão em países terceiros para aumentar a eficácia das restrições.