Realizadas poucos dias após a incursão de drones na Polónia, estas manobras aumentam significativamente a tensão na fronteira oriental da NATO e são vistas como uma demonstração de força por parte de Moscovo e Minsk. Os exercícios, que decorrem em territórios da Bielorrússia e no enclave russo de Kaliningrado, bem como nos mares Báltico e de Barents, envolvem cerca de 13.000 soldados.
O foco principal, segundo o líder bielorrusso Alexander Lukashenko, são as operações conjuntas numa guerra nuclear.
Um dos elementos centrais das manobras é a utilização simulada do míssil balístico hipersónico de médio alcance Oreshnik, uma arma com capacidade nuclear que Moscovo planeia instalar na Bielorrússia até ao final do ano. As autoridades do Kremlin alegam que a velocidade e manobrabilidade do Oreshnik o tornam invulnerável à interceção.
O Kremlin afirmou que os exercícios visam “manter a credibilidade” da força de dissuasão nuclear e que “não são dirigidos contra ninguém”, justificando-os como uma resposta necessária aos fornecimentos de armas ocidentais à Ucrânia. No entanto, os países da NATO encaram estas manobras como uma provocação deliberada, especialmente por simularem a tomada do “Corredor Suwalki”, uma faixa de território estratégica que liga os Estados Bálticos à Polónia. A proximidade temporal com a violação do espaço aéreo polaco reforçou os receios de uma escalada na região.














