Esta transição energética está profundamente interligada com a geopolítica da guerra na Ucrânia e com a reconfiguração das alianças estratégicas do bloco.
A Comissão Europeia apresentou uma proposta legislativa para proibir novos contratos de energia com a Rússia a partir de janeiro de 2026 e terminar os contratos de longo prazo até ao final de 2027.
A medida abrange gás, petróleo e energia nuclear.
No entanto, países como a Áustria, a Hungria e a Eslováquia, fortemente dependentes de Moscovo, opõem-se à proibição. O Presidente finlandês, Alexander Stubb, acusou diretamente a Hungria e a Eslováquia de “alimentarem a máquina de guerra russa” ao continuarem a comprar energia russa. A iniciativa europeia é também impulsionada pela pressão da administração de Donald Trump, no contexto de um acordo comercial em que a UE se comprometeu a comprar produtos energéticos americanos. O comissário europeu da Energia, Dan Jorgensen, reconheceu a necessidade do apoio americano, afirmando: “Para que isso possa acontecer [...] de uma forma que não conduza ao aumento dos preços [...], precisamos da ajuda dos nossos amigos americanos. Precisamos de importar mais GNL dos EUA”. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, reforçou que a eliminação dos combustíveis fósseis russos é uma forma de exercer mais pressão sobre a Rússia para negociar.














